Nada choca mais a nossa necessidade lógica de significado do que a encarnação de Deus. Em Cristo, Deus, a substância eterna, pura e soberana, apresenta-se nume embalagem perecível e mal acabada. Aquele que controla todos os astros do universo permitiu-se, quando encarnado, não ter nem mesmo o controle do seu sistema excretor, quando bebê, nem mesmo o controle de seus passos, quando aprendendo a andar. Quem poderia compreender o mistério desta escolha?
Só nos resta aceitar que, por amor, sempre se faz escolhas que trazem prejuízos e sofrimentos. Ele sabia disso. E aceitou existir, mesmo assim, sob a forma da criatura que criou.
Amor e sofrimento não existem sob a forma de idéias e nem se expressam sob a forma de palavras, mas de um corpo.
E se ele fosse um desajeitado como nós? E foi.
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